domingo, 29 de junho de 2014

A INDÚSTRIA ENCALHADA NO BRASIL 2014

Economia

A indústria encalhada

Sob o peso da economia mundial adversa e dos importados, o setor naufraga e arrasta a balança comercial
por Carlos Drummond — publicado 27/06/2014 04:15
Manufaturados
A causa principal da situação adversa é a crise mundial, que reduziu as exportações brasileiras e aumentou a disputa externa pelo mercado doméstico
Fragilizada por décadas consecutivas de políticas equivocadas ou insuficientes e crises econômicas, a indústria brasileira cambaleia. Atingida por três quedas trimestrais consecutivas do valor agregado, de -0,1%, -0,2% e  -0,8% entre outubro de 2013 e março deste ano, sofreu mais um baque. Em abril, a produção industrial brasileira recuou 0,3% comparada à de março, segundo o IBGE. Há uma “crise manifesta no fraquíssimo e titubeante desempenho de seu setor nuclear, o de intermediários e retração de seus segmentos mais dinâmicos, de bens de capital e de duráveis”, diagnosticou o Iedi, think tank do setor. “Três trimestres de queda é recessão.”
Comparado à situação de um ano atrás, o quadro é “desastroso”, avalia o economista Julio Gomes de Almeida, professor da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. A queda na indústria em geral chegou a 5,8% e, em bens de capital, a quase 15%. Os setores de máquinas e equipamentos, vestuário, calçados e têxteis perderam entre 15% e 25% de produção para produtos importados. Em informática e produtos eletrônicos, máquinas e aparelhos elétricos, metalurgia e veículos,  o recuo ficou entre 10% e 15%. As indústrias farmacêutica, de produtos químicos, celulose e papel e alimentos mantiveram uma “situação vegetativa” e só perfumaria, produtos de limpeza e bebidas evoluíram, com aumento de produção acima de 20%.
A causa principal da debacle é a crise mundial, redutora de exportações brasileiras e catalizadora da disputa externa pelo mercado doméstico. Em segundo lugar aparecem os efeitos acumulados da perda da terceira revolução industrial e da crise da dívida externa, entre os anos 1970 e a década de 1980; da abertura comercial com câmbio valorizado e juros altos nos anos 1990; e da manutenção dos juros altos e do real valorizado a partir de 2003, com desperdício da oportunidade representada pela redução da dívida pública, acumulação de reservas e elevação dos preços internacionais das commodities exportadas. O terceiro fator é a demora ou o insucesso do atual governo na conversão da ênfase no consumo para o estímulo ao investimento.
Esperar melhoras significativas da política para o setor neste momento seria perda de tempo. Com reservas cambiais de quase 400 bilhões de dólares, desemprego baixo e inflação dentro da meta, ainda que no teto, o governo evitará valorizações do real e reduções dos juros capazes de alimentar a inflação e atingir o emprego em pleno período eleitoral. Contas externas e públicas no limite, uma alta generalizada e resistente de preços, o esgotamento da capacidade de endividamento dos consumidores e o adiamento dos investimentos dos empresários reduzem a margem de manobra.
A indústria sobreviveu por meio da substituição da produção local de insumos por importados, diz o economista Rodrigo Sabbatini, diretor da Facamp, de Campinas. Um exemplo é a “retirada do carburador e importação da injeção eletrônica. O carro fica competitivo em preço e qualidade. O problema é que produzíamos o carburador no País e deixamos de fazê-lo”. Também é comum uma indústria com seis linhas manter apenas uma delas e importar os produtos acabados correspondentes às outras cinco, etiquetando-os com a sua marca brasileira. “Para o industrial é uma estratégia boa porque ele mantém a marca, o serviço de assistência técnica e de pós-venda. Mas ele não é mais um industrial, é um comerciante sofisticado”, define Sabbatini. Provavelmente aumentará seus lucros, mas a geração de empregos no País será menor. Para a economia, o movimento é destrutivo, “esburaca o tecido da indústria”.
Os complexos eletroeletrônico, químico-fármaco e de bens de capital são os mais afetados pelas importações, aponta o economista Antônio Correa de Lacerda, da PUC-SP. “Dos cerca de 100 bilhões de dólares de déficit do setor industrial, 80% estão nesses três grupos, de maior sofistificação e competitividade.”
Sob enxurradas de componentes e produtos importados (quase sempre da China), a indústria põe todas as fichas na perspectiva de acordos comerciais internacionais. A aposta minimiza o fato de a crise global de setembro de 2008 ter acirrado a concorrência pelos mercados mais dinâmicos no mundo, entre eles o brasileiro. Em conversa com a chanceler Angela Merkel, no Brasil para assistir à Copa do Mundo, Dilma Rousseff cobrou empenho da Alemanha para mobilizar outros países do continente pelo acordo da União Europeia com o Mercosul. Um indício de que o governo, antes dividido, “está unido pelo tratado comercial defendido por quase todas as entidades empresariais”, diz Elizabeth de Carvalhaes, presidente-executiva da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação dos fabricantes de papel, celulose, painéis e laminados de madeira. “A vida inteira condicionei a abertura do Brasil para acordos internacionais a uma reforma tributária profunda, para evitar prejuízo à indústria local. As mudanças não aconteceram e mudei de opinião. Hoje acho que, se você abrir o mercado brasileiro, o impacto vai ser tão grande que motivará a reforma.” Para Fernando Figueiredo, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química, “se quisermos abrir só quando estivermos seguros, nunca faremos isso. Vamos acertar com a Europa e pensar nos EUA”. Thomaz Zanotto, diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Externo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, brinca: “É melhor um final com horror a um horror sem fim”.
Em documento recente, a Fiesp defende “prioridade imediata” ao acordo Mercosul-União Europeia, pelo “potencial de incrementar exportações brasileiras e catalisar transferência de tecnologia”, sem dizer como isso ocorreria. “O equívoco começa quando os proponentes da abertura comercial pura e dura lhe atribuemvirtudes sobrenaturais e desconhecidas na literatura econômica relevante sobre o tema”, critica Luiz Gonzaga Belluzzo, consultor editorial de CartaCapital.
A relutância anterior de setores do governo parece uma atitude prudente e o empenho atual sugere uma busca de aprovação por um empresariado ressabiado em vez de uma estratégia econômica cuidadosamente planejada. Mas a posição da Fiesp não é consensual. A Abimaq condiciona a abertura e o acordo à redução do custo Brasil, de 37%, diz o diretor Lourival Júnior Franklin.
Favorável à realização de acordos comerciais sob determinadas condições, o economista David Kupfer, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do BNDES, identifica um problema na abordagem do tema. “A mentalidade brasileira ainda é muito focada em integração comercial. Analisa-se a capacidade de esses acordos ampliarem mercados, mas é preciso considerar também a capacidade de eles promoverem a integração produtiva e aumentarem a eficiência e a competitividade da indústria.”
Apenas com um setor industrial forte e inserção adequada nas cadeias de suprimento globais será possível explorar em benefício do País o grande potencial da infraestrutura, das obras de mobilidade e do pré-sal e encaminhar o almejado crescimento sustentável. Nos últimos dez anos, foram criadas políticas de apoio à indústria, mas os resultados têm sido decepcionantes. Na quarta 28 de maio, o governo anunciou o retorno do programa Reintegra, de devolução às empresas de até 3% do valor das exportações de manufaturados. Comprometeu-se a manter o Programa de Sustentação do Investimento do BNDES, para empréstimos subsidiados. As medidas incluem uma nova lei do Refis da crise, para parcelamento de débitos tributários e a definição de uma política de conteúdo nacional nas compras governamentais.
São medidas pontuais. “A taxa de juro real do Brasil é a maior do mundo há dez anos. É um conluio pró-juro alto do qual a classe média é sócia. Para mudar essa situação, não adianta o governo conversar com economistas de bancos”, diz Lacerda. “O governo está preso na camisa de força ortodoxa”, avalia Gomes de Almeida.
Com as suas dimensões, a grande distância da Europa e América do Norte e o tamanho do mercado interno, seria absurdo o País limitar-se a importar produtos industriais e exportar commodities, como querem alguns. “Os países evitam a dependência de commodities por ser um mercado muito volátil. A renda recebida do exterior aprecia o câmbio e causa a chamada doença holandesa, com estímulo à importação e à desindustrialização”, observa Lacerda. “Não existe país desenvolvido sem uma indústria estabelecida geradora de empregos diretos e indiretos e de encadeamentos produtivos”, diz Sabbatini.
“Desafortunadamente, com o surgimento do discurso da sociedade pós-industrial no cerne das ideias e a crescente dominância do setor financeiro no mundo real, a indiferença em relação à manufatura foi convertida em falta de respeito. A manufatura, argumenta-se com frequência, na nova ‘economia do conhecimento’ é uma atividade de baixa categoria reservada aos países de baixos salários”, diz Ha-Joon Chang no livro Economics: The user’s guide. “Mas as fábricas são os lugares onde o mundo moderno é e continuará a ser feito. Acima de tudo, mesmo no nosso suposto mundo pós-industrial, os serviços, o propalado novo motor da economia, não podem se desenvolver com sucesso sem um setor manufatureiro vibrante.”
Fonte : Carta Capital.

PROVÃO DE GEOGRAFIA DOS TERCEIROS ANOS 2014

PROVÃO DE GEOGRAFIA / 28/06/14

26.  Em 1972 foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente, em Estocolmo (Suécia). Nesse encontro os chefes de Estado debateram questões sobre o meio ambiente e o desenvolvimento, reunião que ficou conhecida como a “tomada de consciência”. De lá para cá, muitas foram as preocupações ambientais que mobilizaram governos e ONG’(Organizações Não Governamentais). Analise as proposições em relação aos eventos mais conhecidos em defesa do Meio Ambiente e da vida no Planeta, nas cinco últimas décadas.

I. A Assembléia Geral da ONU, de 1983, encarregou uma comissão para estudar o binômio desenvolvimento X meio ambiente.
II. O Relatório Brundtland, de 1987, cunhou pela primeira vez a ideia de desenvolvimento sustentável.
III. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento realizou-se em 1992, no Rio de Janeiro, mais conhecida como Rio-92.
IV. A Agenda XXI, elaborada durante a Rio-92, era um ambicioso programa para implantação de um modelo de desenvolvimento sustentável no mundo.
V. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), conhecida também como Rio+20 (2012), discutiu a renovação do compromisso em relação ao desenvolvimento sustentável.
Assinale a alternativa correta.

A. (    ) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.                                
B. (    ) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.
C. (    ) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.                                
D. (    ) Somente a afirmativa V é verdadeira.
E. (    ) Todas as afirmativas são verdadeiras..

27. “A cidade gera um clima próprio (clima urbano) resultante da interferência de todos os fatores que se processam sobre a camada limite urbana e que agem no sentido de alterar o clima em escala local. Seus efeitos mais diretos são percebidos pela população através de manifestações ligadas ao conforto térmico, à qualidade do ar, aos impactos pluviais e outras manifestações capazes de desorganizar a vida da cidade e deteriorar a qualidade de vida de seus habitantes.”
Fonte: MONTEIRO, C. A. F. Teoria e clima urbano. São Paulo: USP/IG, 1976. Série Teses e Monografias, n.26.
Analise as afirmações a seguir, considerando o texto acima.
I A população das cidades sofre o efeito das alterações climáticas que se manifestam sob a forma de mudanças térmicas, poluição, alagamentos e outras manifestações que desorganizam a vida de seus moradores.
II Os fatores a que se refere o texto, responsáveis pelo aumento de temperaturas nas áreas centrais das grandes cidades são o excesso de asfalto, os paredões de prédios, a poluição de automóveis, de indústrias e a ausência de verde.
III A expansão cada vez maior das cidades, decorrente do processo de urbanização e de industrialização, gera interferência na paisagem urbana, ocasionando diferenças na distribuição da temperatura e na precipitação.
IV O texto refere-se ao estudo do clima como um conjunto de fenômenos atmosféricos que apresentam um padrão de comportamento térmico constante, desde as áreas rurais até os centros urbanos.
V A alteração do clima urbano mencionado no texto se traduz nas “ilhas de calor”, resultado da ação conjunta dos elementos da natureza que acabam provocando as alterações indicadas por Monteiro.
Todas as afirmações corretas e sua relação com o texto estão em:

(A) I, II, III..                    
(B) I, IV, V.                    
(C) II. III. V.                  
(D) II,IV, V.                      
(E) III, IV, V.      

28. O Protocolo de Kyoto, assinado em 1997 por 180 países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática, divide o mundo em países industrializados e países em desenvolvimento.
Sobre essa questão, e considerando que os países desenvolvidos são os maiores emissores de gases responsáveis pelo efeito estufa, todas as alternativas estão corretas, exceto a:

(A) Os Estados Unidos, país que mais consome combustíveis fósseis no planeta e, consequentemente, o de maior emissão de gases de efeito estufa, desistiram de ratificar o Protocolo de Kioto, em março de 2001.
(B) As atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e as queimadas fazem aumentar a concentração de gases como o dióxido de carbono e o metano na atmosfera, responsáveis pelo aumento da temperatura média do planeta.
(C) A Terra irradia a energia solar na forma de calor, o qual é absorvido pelo coquetel de gases, principalmente o dióxido de carbono, esquentando a atmosfera e causando o chamado efeito estufa.
(D) Os países que mais contribuem com a emissão de CO2 são os Estados Unidos, a China, a Rússia, o Japão, a Índia, a Alemanha, o Reino Unido e o Canadá, dos quais seis deles são industrializados e dois são países em desenvolvimento.
(E) O efeito estufa é um fenômeno surgido com a Revolução Industrial que tem provocado enorme polêmica no mundo científico, que o responsabiliza pelas mudanças climáticas nas áreas rurais..

29. As habitações humanas também se relacionam com o clima em diversas partes do mundo. Por meio do estilo de construção das moradias é possível observar paisagens culturais sob a influência do clima.
Em relação a isso, analise as proposições abaixo.

I. Em regiões de grande precipitação pluviométrica, o telhado das moradias é relativamente inclinado para que a água possa escorrer facilmente.
II. Nas regiões onde as chuvas são muito escassas ou ausentes, a cobertura das casas pode ser mais plana, pois sua principal função é proteger da insolação o interior das moradias.
III. Nas regiões onde ocorrem nevascas, os telhados normalmente são lisos e bastante inclinados para que a neve não se acumule e possa provocar desabamento.
IV. Nas áreas de climas quentes e úmidos, de relevo plano e drenados por rios caudalosos, é comum encontrar habitações de populações ribeirinhas, construídas sobre estacas ou palafitas, para se protegerem dos transbordamentos dos rios.
V. O estilo enxaimel das habitações de origem portuguesa se relaciona aos ventos alísios, que batem na porção oriental de Portugal nos períodos de inverno. Assinale a alternativa correta.

a. ( ) Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras.
b. ( ) Somente a afirmativa I é verdadeira.
c. ( ) Somente as afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras..
d. ( ) Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras.
e. ( ) Todas as afirmativas são verdadeiras


30. Observe o mapa dos complexos econômicos regionais e as afirmações a ele relacionadas.

I- O número 1 indica o Centro-Sul, região que comanda a economia do Brasil e apresenta duas grandes metrópoles nacionais que ocupam o topo da hierarquia urbana do país, além de possuir um estado cuja capital não é a cidade mais populosa.
II- A retirada da floresta heterogênea, higrófita, densa, perenifólia e autossustentada, na região de número 1, tem na sua pluviosidade constante um fator gerador de intensa lixiviação e a consequente perda da fertilidade aparente dos solos.
III- O Nordeste, representado pelo número 2, é uma região de povoamento antigo e preso a uma estrutura arcaica de propriedade e poder. Vem passando, em uma de suas sub-regiões, por uma estiagem que voltou a castigar com força a área onde o descaso, a incompetência e falta de seriedade ainda prevalecem.
IV- A maior parte da produção de energia elétrica no Brasil provém da hidroeletricidade, beneficiada pela densa rede hidrográfica, composta em boa parte por rios de planalto, sendo que o grande “eldorado” em potencial hidráulico encontra-se na bacia hidrográfica Amazônica, que atravessa a região de número 3, de grande biodiversidade.
V- O número 2 no mapa representa o Nordeste, cujos limites coincidem com os propostos pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constituindo-se, desta maneira, numa região social e economicamente homogênea, cujo litoral foi palco da monocultura canavieira em grandes propriedades.
Todas as afirmações corretas estão em:

(A) IV - V.                    
(B) II - III - V.          
(C) I - III - IV..      
(D) I - II – IV.
(E) I - II - III - IV - V



GABARITO
26 - E 27 - A 28 - E 29 – C 30 – C

SIMULADO DE GEOGRAFIA DOS SEGUNDOS ANOS 2014

Simulado de Geografia – 2ºs anos

26- (UNIFENAS) A analisada sobre várias perspectivas. A estrutura supranacional criada no pós-guerra, que reuniu a gênese da Comunidade Europeia para ampliar o espaço geoeconômico do mercado comum, parece arruinada, apesar da União Europeia (UE) constituir hoje um bloco comunitário de relevância no cenário internacional. Considerando seus conhecimentos sobre a gênese da Comunidade Europeia que se transformou na atual União Europeia (UE), associado ao atual processo de crise que atinge a zona do euro, são feitas as seguintes observações:
I) A integração econômica surgiu no pós-guerra como elemento chave para a reconstrução da Europa Ocidental, envolvendo França, Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, com a criação da Comunidade Econômica do Carvão e do Aço (CECA) em 1952.
II) Em 1957, o Tratado de Roma estabeleceu a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia de Energia Atômica (Euratom).
III) Posteriormente, em 1967, CECA, CEE e Euratom se fundem, constituindo a Comunidade Europeia e iniciando a trajetória que eliminaria as restrições relacionadas à circulação de pessoas, capitais, mercadorias e serviços como prioridades à oficialização do mercado comum supranacional.
IV) O Tratado de Maastricht, assinado em 1992, oficializou a criação da União Europeia (UE), sucessora da Comunidade Econômica Europeia e determinou a restrição à entrada de novos países membros, iniciando o processo de retração do bloco quanto a futuras adesões.
V) A crise europeia envolve, entre outras razões, a baixa sincronia existente entre os elementos político-institucional e econômico-financeiro na estrutura do bloco, associadas ao descontrole das contas públicas de algumas nações da zona do euro.
VI) Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha - que formam o chamado grupo dos PIIGS - são países que se encontram em posição delicada dentro da zona do euro, pois atuaram de forma mais indisciplinada nos gastos públicos e se endividaram excessivamente.
Das afirmações acima, estão corretas

(A) Todas.            
(B) I, II e III, apenas.              
(C) II, III, IV e V, apenas.              
(D) I, II, III, V e VI, apenas..            
(E) I, III, IV e VI, apenas.

27- (PUCRS) Resolver a questão com base nas informações a seguir, que tratam da atividade industrial.
Os fatores locais variam ao longo do tempo e em função do tipo de indústria que se quer implantar. Atualmente podemos dizer que ocorre uma descentralização industrial em escala mundial, mas também em escala nacional e local, graças ao desenvolvi- mento dos setores de transportes, telecomunicações e informações.
Como outros fatores a considerar na atividade industrial, citam-se:
1. Fontes de energia 2. Mercado consumidor 3. Matérias primas 4. Mão de obra
Estão corretamente identificados os fatores

(A) 1 e 3, apenas.              
(B) 2 e 4, apenas.                  
(C) 1, 2 e 4, apenas.                
(D) 2, 3 e 4, apenas.                
(E) 1, 2, 3 e 4..

28- (UFMT) O Brasil tem recebido um elevado número de migrantes haitianos, que entram no Brasil pelo Acre e acabam chegando à cidade de São Paulo. Sobre esse fluxo migrante, é correto afirmar que

(A) A destruição de parte do Haiti, observada principalmente em Porto Príncipe, a capital, devido a um intenso terremoto ocorrido em 2010, permitiu grande ajuda internacional, que incluiu estímulo à migração.
(B) O Brasil é o país com maior comércio externo com o Haiti, com protocolos de troca de mão de obra entre esses países.
(C) A crise econômica que assola o Haiti gera uma elevada taxa de migração, apoiada pelo programa Minustah, do NAFTA.
(D) As forças de ocupação, lideradas pelos EUA, exercem forte ação repressiva sobre a população, que tem emigrado em massa.
(E) O crescimento econômico do Brasil é um fator favorável à entrada de um grande número desses haitianos, atraídos pela possibilidade de melhores empregos e salários..

29- (FUVEST) A imigração de italianos(desde o final do século XIX) e a de japoneses (desde o início do século XX), no Brasil, estão associadas:

(A) A uma política nacional de atração de mão-de-obra para a lavoura e às transformações sociais provocadas pelo capitalismo na Itália e no Japão..
(B) A interesses geopolíticos do governo brasileiro e às crises industrial e política pelas quais passavam a Itália e o Japão.
(C) A uma demanda de mão-de-obra para a indústria e às pressões políticas dos fazendeiros do sudeste do país.
(D) A uma política nacional de fomento demográfico e a um acordo com a Itália e o Japão para exportação de matérias-primas.
(E) A acordos internacionais que proibiram o tráfico de escravos e à política interna de embranquecimento da população brasileira.

30- (UDESC) Analise as proposições sobre a II Guerra Mundial (1939-1945), e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
(    ) A II Guerra Mundial foi marcada por atrocidades de ambos os lados, como, por exemplo, os campos de concentração, o extermínio nazista e o lançamento das bombas atômicas contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki pelos EUA.
(    ) O Brasil, que durante o período da guerra era governado pelo presidente Getúlio Vargas, apoiou os países do Eixo. Entre os motivos que levaram o Brasil a enviar tropas para lutar nesta guerra foram os ataques de submarinos alemães a navios brasileiros e a defesa da democracia e da liberdade.
(    ) A guerra iniciou em 1939, quando as tropas alemãs invadiram a Polônia. Nos primeiros anos o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) obteve várias vitórias contra os Aliados. Os rumos da guerra começam a modificar no ano de 1941, quando o governo de Adolf Hitler decidiu invadir a União Soviética, e os EUA declaram guerra aos países do Eixo, após o ataque japonês a Pearl Harbour.
(    ) Um dos fatores que levou à guerra foi o apoio da população alemã às ideias de Adolf Hitler, difundidas no livro Mein Kampf (Minha Luta), conhecidas como nazistas e que pregavam a superioridade da raça germânica em relação a outros grupos, como os judeus, comunistas e ciganos.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.

(A) F – F – V – V.        
(B) V – V – F – V.        
(C) V – F – V – V..
(D) V – F – V – F.          
(E) V – V – V – V.

GABARITO
26 - D 27 - E 28 - E 29 - A 30 – C

SIMULADO DE GEOGRAFIA DOS PRIMEIROS ANOS 2014

Simulado de Geografia – 1ºs anos 

26- (Ufpi) Observe o mapa de divisão regional do Brasil e, em seguida, assinale a proposição correta:
 

(A) O número 5 assinala a região Sul, onde se concentram numerosos descendentes de europeus, que utilizaram a terra mantendo a cobertura vegetal original, adotando um sistema de agricultura extensiva e de autoconsumo.
(B) O número 1 corresponde à região de maior área, onde as condições naturais permitiram o estabelecimento de uma floresta temperada homogênea e que vem apresentando crescente extensão de áreas devastadas, porque ainda não utiliza modelos de desenvolvimento sustentável.
(C) O número 2 indica a região que teve menor importância econômico-social no período colonial e que, após o período áureo da mineração, voltou às condições de pobreza dos primeiros séculos de colonização.
(D) O número 4 identifica a região que apresenta maior índice de industrialização, com destaque para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que polarizam as demais regiões brasileiras..
(E) O número 3 assinala a região Centro-Oeste, que passou a crescer após a construção de Brasília, mesmo apresentando condições naturais adversas, advindas da presença do bioma caatinga.

27- (IFMT) “A erosão acelerada não é uma coisa nova, ela acompanha a agricultura desde o seu início, há 4.000 ou 5.000 anos a.C., nos vales do Eufrates, Tigre e Nilo, onde, presume-se, tenha sido o berço da agricultura.”
(CONCIANI, Wilson. Processos erosivos: conceitos e ações de controle. Cuiabá: Editora Cefet-MT, 2008. p. 11.)
Mesmo que a erosão seja um acontecimento antigo, como citado acima, o tema é sempre atual, trazendo muitos transtornos para as zonas rural e urbana. Sobre a erosão, suas causas e consequências, é correto afirmar que:

(A) É caracterizada pela destruição e transformação de rochas pela ação de agentes que modelam a superfície terrestre, através dos fatores endógenos (clima, rios, correntes marítimas, enxurradas) e de fatores exógenos (animais, homens e vulcanismos).
(B) Nas encostas, as águas superficiais escorrem e formam as ravinas ou voçorocas com sulcos laterais inclinados, entretanto só provocam efeitos na superfície dos solos e são facilmente controladas pela ação antrópica.
(C) É parte do processo de degradação do solo, provocando o acúmulo de metais pesados, lixiviação e diminuição de nutrientes; só ocorre com a intervenção do homem, tornando-se um dos mais sérios problemas ecológicos do planeta.
(D) A ação do intemperismo físico e químico e das cheias e inundações compensam o material retirado pela erosão, com formações de cordões arenosos e praias nos rios e no litoral.
(E) a ação da água como agente de erosão depende da quantidade que cai sobre o solo e da maior ou menor capacidade de infiltração que este solo oferece. A erosão provocada pelo escoamento superficial recebe o nome de erosão laminar ou em lençol..

28- (FUVEST)  Do ponto de vista tectônico, núcleos rochosos mais antigos, em áreas continentais mais interiorizadas, tendem a ser os mais estáveis, ou seja, menos sujeitos a abalos sísmicos e deformações. Em termos geomorfológicos, a maior estabilidade tectônica dessas áreas faz com que elas apresentem uma forte tendência à ocorrência, ao longo do tempo geológico, de um processo de

(A) Aplainamento das formas de relevo, decorrente do intemperismo e da erosão..
(B) Formação de depressões absolutas, gerada por acomodação de blocos rochosos.
(C) Formação de canyons, decorrente de intensa erosão eólica.
(D) Produção de desníveis topográficos acentuados, resultante da contínua sedimentação dos rios.   (E) Geração de relevo serrano, associada a fatores climáticos ligados à glaciação.

29- (UDESC) O território brasileiro apresenta diferentes tipos de clima que são influenciados por fatores variados, como a fisionomia geográfica, a extensão territorial, o relevo e a dinâmica das massas de ar. Com relação às características climáticas do Brasil, analise as proposições.

I. A influência tropical no clima brasileiro está associada ao fato da maior parte do país estar localizada em uma área entre o Equador e o Trópico de Capricórnio.
II. Os Estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul têm clima subtropical por estarem localizados abaixo do Trópico de Capricórnio.
III. No Brasil predominam climas quentes e úmidos.
IV. No interior da região Nordeste o clima predominante é o clima tropical, tendendo a seco pela irregularidade de ação das massas de ar.
V. No interior da região Nordeste o clima predominante é o clima árido por causa da falta de umidade.
Assinale a alternativa correta.

(A) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.              
(B) Somente as afirmativas II, III, IV e V são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras..        
(D) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras.
(E) Todas as afirmativas são verdadeiras.

30- (UNESP) Leia. O fenômeno dos “rios voadores”
“Rios voadores” são cursos de água atmosféricos, invisíveis, que passam por cima de nossas cabeças transportando umidade e vapor de água da bacia Amazônica para outras regiões do Brasil. A floresta Amazônica funciona como uma bomba d’água. Ela “puxa” para dentro do continente umidade evaporada do oceano Atlântico que, ao seguir terra adentro, cai como chuva sobre a floresta. Pela ação da evapotranspiração da floresta, as árvores e o solo devolvem a água da chuva para a atmosfera na forma de vapor de água, que volta a cair novamente como chuva mais adiante. O Projeto Rios Voadores busca entender mais sobre a evapotranspiração da floresta Amazônica e a importante contribuição da umidade gerada por ela no regime de chuvas do Brasil.
A partir da leitura do texto e da observação do mapa, é correto afirmar que, no Brasil.



(A) Cada vez mais, a floresta é substituída por agricultura ou pastagem, procedimento que promove o desenvolvimento econômico, sem influenciar, significativamente, o clima na América do Sul.
(B) Os recursos hídricos são abundantes e os regimes fluviais não serão alterados, apesar das mudanças climáticas que ameaçam modificar o regime de chuvas na América do Sul.
(C) O atual desenvolvimento da Amazônia não afeta o sistema hidrológico, devido à aplicação de medidas rigorosas contra o desmatamento e danos à biodiversidade da floresta.
(D) Os mecanismos climatológicos devem ser considerados na avaliação dos riscos decorrentes de ações como o desmatamento, as queimadas, a abertura de novas fronteiras agrícolas e a liberação dos gases do efeito estufa..
(E) A circulação atmosférica é dominada por massas de ar carregadas de umidade que, encontrando a barreira natural formada pelos Andes, precipitam-se na encosta leste, alimentando as bacias hidrográficas do país.


GABARITO
26 – D 27 – E 28 – A 29 – C 30 – D

sexta-feira, 27 de junho de 2014

SUAPE E AS PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS.

Suape: promessas não cumpridas (2), artigo de Heitor Scalambrini Costa

Suape
Suape. Foto: Fotoimagem
 [EcoDebate] O Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), chamado por segmentos da sociedade pernambucana de “joia da coroa”, “locomotiva do desenvolvimento”, “poupança do povo”, “redenção do Nordeste”, e “Eldorado”, entre outros, vive momentos de desnudamento de uma realidade cruel.
Movimentos sociais, ao longo dos anos, têm denunciado questões referentes à ação da empresa Suape – como a imoralidade dos procedimentos judiciais que tramitam na Vara Privativa da Fazenda Pública da Comarca do Cabo de Santo Agostinho; o desvio de verbas públicas, através do ajuizamento de ações judiciais e simulação de audiências não realizadas nessa mesma Vara da Fazenda; os danos ambientais e sociais causados pela empresa; a continuada violação de direitos humanos; o tráfico de influência no Poder Judiciário de Pernambuco; a ausência do Ministério Público nos procedimentos de remoção/expulsão de milhares de famílias da área; e a falta de legitimidade da empresa Suape como proprietária das terras que hoje abrigam o Complexo.
Com a atração de inúmeras empresas, como refinaria, estaleiros, termoelétricas, siderúrgica e petroquímica, o que se verifica há alguns anos é o completo desrespeito às leis vigentes por parte da empresa gestora do Complexo; é a falta de responsabilidade social das empresas que lá se instalaram; e, principalmente, a visão anacrônica do governo estadual, responsável pela degradação ambiental daquele território. Os reflexos desta política obstinada, que considera a natureza um entrave ao crescimento econômico, inclui a interrupção drástica e dramática dos modos de vida da população local – ferindo direitos adquiridos de pescadores, marisqueiras e agricultores familiares, expulsos de suas moradias, abandonados sem condições de trabalho ou qualquer assistência social digna desse nome.
O mantra mais utilizado pelo governo estadual em suas ações de marketing político, que o tem projetado nacionalmente, é a geração de empregos e o aumento da renda proporcionado pela implantação desse Complexo Portuário e Industrial. Sem dúvida, cresceu muito o emprego de baixa qualidade, temporário, com salários irrisórios, devido às obras de construção dos empreendimentos, atraindo tanto trabalhadores pernambucanos como de outras regiões do país. Todavia, agora, com o término desta etapa de construção civil, os responsáveis se vangloriaram e manipularam a opinião pública, “lavam as mãos” perante o comportamento de empresas que não cumprem suas responsabilidades sociais e trabalhistas para com os seus empregados. Um comportamento no mínimo irresponsável.
A promessa de emprego abundante, usada na propaganda política, se tornou um verdadeiro calvário para os trabalhadores. O Ministério Público do Trabalho (MPT) estima que as empresas do Complexo vão demitir mais de 50 mil trabalhadores entre 2014 e 2016, em particular, aqueles que trabalharam na construção da Refinaria e de outras obras da Petrobrás.
Na tentativa de fazer valer os direitos legítimos daqueles que com sua força física ajudaram na construção de Suape, e preocupado com o desemprego em massa, o MPT criou, em dezembro de 2013, o Fórum para Recolocação da Mão de Obra de Suape (REMOS), tentando assim minimizar o que já estava acontecendo: demissões em larga escala, calotes das empresas, como o não pagamento de salários, um total desrespeito a direitos básicos da classe trabalhadora.
O que se verifica atualmente no território de Suape é a barbárie nas relações entre o capital e o trabalho, com a omissão do governo do Estado e da Empresa Suape. Sem tirar, obviamente, a responsabilidade da Petrobrás que contratou os consórcios de empresas para a realização das obras. Os responsáveis pelo descalabro existente não se manifestam diante da gravidade da situação. Fazem de conta que não é com eles.
A situação é explosiva e muito tensa. Diante da falta de cooperação das empresas que insistem nas irregularidades, o Fórum REMOS foi desfeito no inicio do mês (4/6) pelo MPT. Os trabalhadores, devido à falta de pagamentos dos salários e das garantias que lhes concede as leis trabalhistas, estão sendo despejados de onde vivem, não tendo sequer dinheiro para suprir suas necessidades materiais de sobrevivência. São relatadas situações em que famílias perderam o direito ao plano de saúde, com todas as consequências que isto implica.
Revoltados com a demora no atendimento de seus legítimos direitos, as vias de acesso ao Complexo têm sido tomadas por estes trabalhadores, que denunciam o abandono a que estão submetidos. Os órgãos de repressão, chamados para “garantir a ordem”, espancam e prendem trabalhadores em violentos e injustificados embates.
Promessas de trabalho. Promessas de vida melhor. Promessas e mais promessas, agora desmascaradas, desnudam a realidade da “gestão moderna e eficiente” do governo de Pernambuco, cuja propaganda cínica segue à risca a Lei de Ricupero: “No governo é assim: o que é bom à gente mostra; o que é ruim a gente esconde”.
Heitor Scalambrini Costa, Articulista do Portal EcoDebate é Professor da Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador Geral do Fórum Suape – Espaço Socioambiental
EcoDebate, 25/06/2014

PETRÓLEO E UMA POSSÍVEL CRISE.

A Guerra Civil do Iraque e o Pico do petróleo, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Iraque, produção de petróleo
 [EcoDebate] A guerra civil no Iraque pode desencadear uma grande crise internacional ao reduzir a oferta global de petróleo e antecipar o Pico de Hubbert (ou Pico do Petróleo). A guerra Iraque-Irã, quando ainda havia abundância, iniciada em 1980, aumentou o preço da energia e provocou uma forte recessão na economia global, gerando uma década perdida para muitos países.
A situação atual pode ser mais grave, porque o mundo continua viciado em combustíveis fósseis e cada vez mais dependente do petróleo para a produção de alimentos, para o transporte, para a produção industrial, para a educação, a saúde, enfim, para manter funcionando cerca de 80% da economia mundial que depende de uma dosagem diária e crescente de energia fóssil.
Mas como mostrou, em 1956, o geólogo M. King Hubbert, a produção de petróleo segue o formato de uma Curva Normal (curva de Gauss). Na fase inicial de crescimento, ela acelera no começo da exploração dos poços, chega a um ponto de inflexão, a partir do qual mantém o crescimento, mas em ritmo mais lento, até atingir um pico (máximo de produção). Depois do Pico de Hubbert, a produção inicia uma fase irreversível de declínio até o esgotamento completo da capacidade de recuperação das reservas petrolíferas. Não há como fugir desta realidade implacável imposta pela natureza.
A dúvida não é se vai haver o Pico de Hubbert, mas quando ele vai ocorrer. Evidentemente, o establishment petrolífero acredita que o pico da produção está relativamente distante. A Agência Internacional de Energia (IEA na sigla em inglês) acredita que, se houver os investimentos adequados (que são estimados em US$ 48 trilhões) o Pico do Petróleo pode ser adiado para depois de 2035. Mas para tanto, a produção de petróleo do Iraque – que está atualmente em torno de 3,5 milhões de barris por dia (mb/d) – precisa chegar a 8 mb/d em 2035 (a produção do Brasil, mesmo com os enormes investimentos no pré-sal, está pouco acima de 2 milhões de barris por dia).
Para estabilizar o mercado mundial de petróleo, as exportações do Iraque que estão pouco abaixo de 2 mb/d, precisa subir para 4 mb/d até 2020 e para 6 milhões de barris dia até 2035. Sem esta oferta extra da produção iraquiana o preço do petróleo pode disparar, provocando uma cascata de outros aumentos e uma grande elevação dos custos de produção das mercadorias em geral, o que teria o efeito de inviabilizar o crescimento econômico mundial.

Iraque, produção de patróleo por ano

É nesta conjuntura já frágil que os agentes econômicos internacionais olham com desespero para a Guerra Civil iraquiana. Depois do fracasso da invasão do Iraque por uma coalização militar multinacional, liderada pelos Estados Unidos (2003-2011), que ironicamente foi denominada de Operação Liberdade do Iraque (Operation Iraqi Freedom), o país está cada vez mais distante da liberdade, mais perto do caos e à beira de uma secessão que ameaça interromper, estagnar (ou diminuir muito) a produção de petróleo. Ou seja, depois de gastar mais de um trilhão de dólares em despesas de guerra para garantir o abastecimento do petróleo do Iraque, os Estados Unidos se tornaram atores secundários no palco de disputa do Golfo Pérsico.
Os militantes islamistas, da organização Estado Islâmico do Iraque e Levante (ISIS, na sigla em inglês), um amálgama de paramilitares sunitas do Iraque e da Síria, ocuparam cidades importantes do Noroeste e Centro do Iraque, como Mosul,Tikrit, Saadiya e Jalawla. As forças de segurança do governo abandonaram suas bases na região, deixando para trás material militar apropriado pelos revoltosos, liderados por Abu Bakr al-Baghdadi.
O ISIS se desloca para o sul em direção a Bagdá e outras áreas controladas pela maioria xiita, que monopoliza o governo do premiê, Nouri Maliki, apoiado pelo Irã. Além disso, os curdos – etnia minoritária que administra de forma autônoma a região Nordeste do Iraque – também tomaram uma importante cidade (Kirkuk), que estava sob controle do governo de Maliki. Portanto, o atual governo iraquiano já perdeu o controle da produção de petróleo da região norte do país.
Porém, as maiores reservas fósseis e a maior produção de petróleo estão localizadas no sul do Iraque, região de maioria xiita. Em tese, o governo iraquiano possui recursos militares e humanos para barrar o avanço do ISIS, que utiliza táticas brutais com interpretação extrema das leis islâmicas. Os governos dos Estados Unidos e do Irã, mesmo sem ter relações diplomáticas recíprocas, estão afinados no combate ao ISIS. A disputa entre sunitas e xiitas tende a engolir no furacão da disputa a Arábia Saudita, o Qatar (que pretende organizar a próxima Copa do Mundo em 2022), a Síria, o Iraque, o Líbano, o Irã e até a Turquia. Enquanto o governo de Teerã apoia o Hezbollah e Bashar al-Assad, os sunitas tentam dar o troco das derrotas que tiveram recentemente na Síria e no Iraque.
As elites econômicas observam de maneira temerosa os desdobramentos da Guerra Civil no Iraque, a disputa fatricida entre sunistas e xiitas e o barril de pólvora da instabilidade política do Oriente Médio. Se o conflito se expandir e provocar a redução da produção e da exportação de petróleo, haverá um choque de oferta global e o preço pode disparar, como quando provocou a recessão de 2009. Os preços já aumentaram em 2014 e atingiram o máximo do ano, com o óleo cru (WTI), chegando a US$ 107 o barril e o preço do óleo cru (Brent) chegando a US$ 113 o barril.
Independentemente da atual crise do Iraque, diversos estudiosos e especialistas do tema, como Gail Tverberg, estavam prevendo que o Pico do Petróleo (e dos combustíveis fósseis) seria atingido entre 2015 e 2020. A partir daí haveria um declínio rápido, provocando um grande aumento do preço dos combustíveis e uma crise econômica, piorando as perspectivas da chamada “estagnação secular”.

estimativa da produção mundial de energia

A Guerra Civil do Iraque pode simplesmente antecipar o Pico de Hubbert. Vai faltar dinheiro para o investimento na produção de petróleo se a Guerra Civil se prolongar. Sem o aumento da produção iraquiana o preço do petróleo deve subir. Sem energia barata e abundante, o mundo pode virar de cabeça para baixo. O PIB deve cair e diversas bolhas financeiras tendem a romper e desinflar, esterilizando trilhões de dólares em papéis especulativos. Consequentemente, o desemprego deve aumentar.
Para agravar a situação, o preço dos alimentos deve subir, pois grande parte da agricultura mundial é “petroficada” e não funciona sem os fertilizantes, agrotóxicos, armazenamento e o transporte, tudo dependente da energia fóssil. Aumentando a carestia, tende a agigantar as manifestações populares e a revolta das camadas pobres e excluídas da sociedade, que não se beneficiaram dos 250 anos de acumulação de capital, que embora tenha ampliado o mercado de consumo, concentrou a renda e a riqueza nas mãos dos 1% da elite econômica mundial. O crescimento do capitalismo também usou e abusou do meio ambiente provocando um stress hídrico, a redução da biodiversidade e a degradação dos recursos naturais.
Assim, em um cenário pessimista, com mais um conflito no Oriente Médio (acrescido de uma nova crise nos Balcãs/Ucrania), o mundo pode estar diante de uma tempestade perfeita: uma Guerra Civil provocada por fundamentalistas islâmicos, que antecipa uma escassez de petróleo e aumenta o preço da energia, que diminui o ritmo da economia e provoca desemprego, que eleva o preço dos alimentos, que aumenta as manifestações populares e opõem as multidões com baixo acesso ao consumo às elites consumistas e ricas, que gera incerteza e medo – tudo isto – em um quadro onde existe uma depleção do capital natural e quando o mundo pode estar caminhando para um colapso ambiental e climático.
Mas num cenário otimista, a tecnologia e a inventividade humana podem solucionar os problemas energético e do clima, políticas públicas adequadas podem resolver o problema do desemprego, do subemprego e da desigualdade social e a capacidade diplomática pode resolver os conflitos políticos.
O Brasil está com dificuldades econômicas e sociais e o mundo está em uma encruzilhada. Os rumos são incertos. É bom ficar de olho!
Referências:
ALVES, JED. Bolha de Carbono: crise ambiental ou crise financeira? EcoDebate, RJ, 05/02/2014
ALVES, JED. Ascensão e queda da civilização dos combustíveis fósseis, APARTE, IE/UFRJ, 28/03/2014
ALVES, JED. O choque de oferta energética e o decrescimento. EcoDebate, RJ, 28/05/2014

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br
EcoDebate, 25/06/2014

quinta-feira, 26 de junho de 2014

DESERTIFICAÇÃO.

Desertificação exige muita competência


"Não nos podemos descuidar, inclusive com a necessidade de aumentar a produção de alimentos para consumo interno, já que temos cerca de 50 milhões de pessoas (incluídas as do Bolsa Família) em situação de pobreza. E, nesse caso, não é possível tolerar o desmatamento, o desperdício de água (também com pivôs centrais que chegam a perder 50% da água que vertem). Tampouco é possível seguir com a situação esdrúxula de perda média de 40% da água que corre pelas redes urbanas. Ou com a poluição em todas as bacias hidrográficas causada pelo despejo sem tratamento de esgotos", exorta Washington Novaes, jornalista, em artigo publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, 20-06-2014.

Eis o artigo.

No Dia Mundial de Combate à Desertificação (17 de junho), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu: estamos perdendo no mundo 24 bilhões de toneladas anuais de solo por causa da erosão, ao mesmo tempo que 2 bilhões de hectares de terras se degradam - comprometendo os esforços para aumentar a produção de alimentos e o combate à fome, que atinge 842 milhões de pessoas. E isso também ao mesmo tempo que desperdiçamos 1,3 bilhão de toneladas anuais de alimentos, que seriam suficientes para 2 bilhões de pessoas (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO-ONU, 7/5) e cuja produção nas lavouras gera emissões de gases que afetam o clima, as quais são uma das principais causas da erosão e da desertificação.


Estado indiano Rajastão Fonte :ipevs.org.br

Um dos países que mais deram ênfase aos programas de desertificação, nesta semana, foi a Índia, onde o problema é muito grave. Por aqui, a ONG The Nature Conservancy e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) puseram ênfase na necessidade de medir a "pegada hídrica" em cada atividade, cada lugar, para possibilitar programas de redução de perda ou consumo desnecessário de água. Um dos setores mais em foco foi o da pecuária, já que a produção de carne bovina, por exemplo, exige o uso médio de 15,5 mil litros de água por quilo produzido (Embrapa, 17/6). No ano passado esse setor exportou US$ 6,6 bilhões - e aí seria preciso avançar com rigor no manejo hídrico, na redução de pastagens (ou aumento do confinamento), na irrigação noturna, na reutilização de água usada em lavagem de instalações para fertilização de pastagens, assim como a instalação de hidrômetros para avaliar o consumo em todos os lugares.


É possível acrescentar que o confinamento do gado e mudanças na alimentação permitiriam também reduzir a emissão de metano, um dos principais poluentes que causam mudanças de clima - segundo a Embrapa Meio Ambiente, cada boi emite por ano 58 quilos de metano em suas eructações e flatulências no processo de ruminação; e o metano é pelo menos 21 vezes mais poluente do que o dióxido de carbono).

No mesmo dia em que a ONU fazia suas advertências, no Brasil o Ministério do Meio Ambiente entregava certificados a projetos reconhecidos pelo programa Dryland Champions, da Convenção da ONU de Combate à Desertificação - que inclui atividades na área da seca no Semiárido. Poucas semanas antes, no Dia Nacional da Caatinga (28 de abril), lançara o Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido Brasileiro - uma das áreas mais problemáticas. Francisco Campello, que dirige essa área no ministério, lembra que é preciso frear o desmatamento, pois 30% da matriz energética do Nordeste exige a queima de lenha, assim como 40% das indústrias - sem falar em que boa parte da população do interior também precisa de lenha para cozinhar. É assim numa região que tem 22,6 milhões de habitantes, 42,5% do total do Nordeste, em 9 Estados e 1.135 municípios, que somam 980,1 mil quilômetros quadrados (ECO 21, maio de 2014).

É uma área também de pobreza extrema, com forte participação (50%) no programa Bolsa Família, que já inclui 13,8 milhões de famílias, das quais 2% ainda vivem em "extrema pobreza", 4% não chegam a completar o ensino fundamental, principalmente no Piauí e no Maranhão. E no País não têm acesso a água potável 5% da população, enquanto quase 40% não dispõem de ligação de suas casas com redes de coleta de esgotos (Ipea, 30/10/2013). De qualquer forma, o programa possibilitou reduzir de 8% para 4,7% a população em extrema pobreza no País.

Apesar dos avanços, a desigualdade de renda nacional, segundo o Ipea e o IBGE (Estado, 28/9/2013), quase nada se alterou em 2012, quando índice de Gini, que a avalia, caiu para 0,498 (era 0,501 em 2011 - quanto maior, mais grave). Talvez não evolua mais favoravelmente, com os índices econômicos em baixa. O economista da Unicamp Cláudio Dedecca (Estado, 3/11/2013) acha que as famílias desse programa não estão conseguindo romper as barreiras que dificultam a sua inserção produtiva, principalmente, por causa de dificuldades na educação. A seu ver, seria necessário dobrar o valor do benefício.

As dificuldades não são apenas por aqui. Segundo a FAO, a pobreza extrema cresceu na América Latina e no Caribe em 2013. E o problema principal esteve na insegurança alimentar: 68 milhões de pessoas são "indigentes" e 164 milhões, "muito pobres" (25/2).

No Oriente Médio e no Norte da África, nada menos que 47,3 milhões de pessoas são indigentes ou muito pobres e 24% das crianças têm crescimento retardado. Seria preciso, diz a FAO, "empoderar as mulheres", principalmente nas áreas agrícolas, propiciar-lhes acesso à água, aos insumos agrícolas, ao crédito, a tecnologias.

Não seria muito diferente por aqui, onde a agricultura familiar responde por 70% dos alimentos consumidos no País - mas tem dificuldades para conseguir crédito (farto para a exportação) e outras facilidades. Poderão aumentar os problemas este ano, com a possibilidade (FAO, 17/6) de o fenômeno climático El Niño afetar a produção agrícola, especialmente no Nordeste.

Então, não nos podemos descuidar, inclusive com a necessidade de aumentar a produção de alimentos para consumo interno, já que temos cerca de 50 milhões de pessoas (incluídas as do Bolsa Família) em situação de pobreza. E, nesse caso, não é possível tolerar o desmatamento, o desperdício de água (também com pivôs centrais que chegam a perder 50% da água que vertem). Tampouco é possível seguir com a situação esdrúxula de perda média de 40% da água que corre pelas redes urbanas. Ou com a poluição em todas as bacias hidrográficas causada pelo despejo sem tratamento de esgotos.

As advertências são claras e não partem de "ambientalistas" radicais: vêm da ONU, da FAO, do Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). É difícil mudar as lógicas financeiras, do emprego, do próprio modo de viver. Mas não há alternativa.
 Fonte : Instituto Humanitas Unisinos

EL NIÑO E LA NIÑA

Observações sobre os Fenômenos El Niño e La Niña, artigo de Roberto Naime

El Niño 1

El Niño 2

[EcoDebate] Os efeitos do fenômeno El Niño no Brasil produzem prejuízos em algumas regiões e benefícios em outras. Embora os danos para a agricultura sejam maiores. A região sul é a mais afetada. Em cada episódio, ocorre na região sul, um aumento da pluviosidade, principalmente na primavera, fim de outono e começo de inverno. O acréscimo de quase 150% de chuvas em relação aos índices normais atrapalha a colheita. As temperaturas também mudam na região sul e sudeste, com o inverno sendo amenizado e elevação das temperaturas.
As consequências do Fenômeno El Niño sobre as temperaturas é benéfico para evitar a ocorrência de geadas com intensidade suficiente para gerar danos para as culturas. Em compensação, ocorrem diminuições dos índices pluviométricos na Amazônia e no Nordeste, aumentando as dificuldades com as secas que duram até 2 anos em períodos de El Niño. As secas não se limitam apenas ao sertão, ocorrendo déficits de chuvas inclusive no litoral.
O fenômeno La Niña é o oposto, caracterizando-se pelo resfriamento anômalo da superfície do mar, na região equatorial do centro e leste do Pacífico. Isso eleva a pressão da região, com a geração de ventos alísios mais intensos. A duração do fenômeno também é de 12 a 18 meses.
Este fenômeno meteorológico produz menos danos que o El Niño. Como consequência de La Niña as frentes-frias que atingem o sul do Brasil tem sua passagem acelerada e se tornam mais intensas. Como sofrem menor dissipação no sul e sudeste, muitas vezes atingem o Nordeste.
Quando isto ocorre, o sertão e o litoral baiano e alagoano são afetados por aumentos das chuvas, com aumento da pluviosidade também no norte e leste da Amazônia.
Na região centro-sul pode ocorrer estiagens, com queda dos índices pluviométricos entre setembro e fevereiro, com a chegada mais intensa de massas de ar polar, gerando antecipação do inverno e grandes quedas de temperatura já no outono. No último episódio de La Niña, fortes massas de ar polar, atingiram a região sul, causando neves nas áreas serranas e geadas já no mês de abril. Neves geralmente ocorrem após o mês de maio, e as geadas mais ao norte, costumam ocorrer só a partir de junho.
O efeito estufa apresenta uma situação mais complexa. Em longo prazo, o planeta deve irradiar energia para o espaço na mesma proporção em que ocorre a absorção da energia solar na forma de Radiações Eletromagnéticas (REM). A energia solar chega no intervalo das ondas curtas do espectro de radiações eletromagnéticas. Parte desta radiação é refletida e repelida pela superfície terrestre e pela atmosfera. Uma parte da radiação passa pela atmosfera, para aquecer a superfície terrestre. O planeta se livra desta energia, mandando de volta para o espaço na forma de irradiação infravermelha de ondas largas.
A maior parte desta irradiação no intervalo do espectro eletromagnético do infravermelho que a terra emite é absorvida pelo vapor de água, dióxido de carbono e outros gases, de efeito estufa, existentes na atmosfera.
Desta maneira, estes gases impedem que a energia da terra seja dissipada no espaço. Ao contrário, processos interativos, envolvendo a radiação eletromagnética, as correntes de ar, a evaporação, a formação de nuvens e as chuvas, transportam essa energia para altas esferas do interior da atmosfera, onde a energia se irradia para o espaço. Este processo lento e indireto permite a manutenção do aquecimento do planeta terra, que sem este fenômeno, seria um lugar frio e sem vida, desolado e estéril como Marte.
Elevando de forma exagerada a emissão de gases, aumenta-se a capacidade da atmosfera de absorver a radiação no espectro do infravermelho. Esta emissão exagerada de gases produz o chamado efeito estufa, que está perturbando a forma que o clima mantém este delicado equilíbrio entre a energia que entra e que sai do planeta.
A duplicação da quantidade de gases de efeito estufa, que se projeta para este século, reduziria a emissão de irradiações para o espaço em até 2%. Isto exigiria um efeito de tamponamento do clima, que poderia ser muito auxiliado pela redução do consumo de hidrocarbonetos, por exemplo.
Os efeitos das emissões de gases estão alterando o equilíbrio do sistema, e algo necessita ser realizado para atenuar este impacto. O protocolo de Kyoto é uma medida nesta direção.
Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.
EcoDebate, 24/06/2014