* O IBGE identificou 6.329 aglomerados subnormais, onde estão 5,6% dos domicílios e onde vive 6% da população brasileira.
* Aglomerado subnormal: + de 50 habitações, carentes de serviços essenciais, ocupando desordenada e densamente terreno de propriedade alheia.
* 323 municípios brasileiros têm favelas, grotas, palafitas, invasões, mocambos, ou o nome local que se use para aglomerados subnormais.
* O Brasil tem um Portugal de favelados: 11,4 milhões de pessoas.
Os favelados
* Há duas vezes mais chances de um brasileiro negro ser favelado do que um branco.
* Dois em cada três favelados são negros.
* A taxa de analfabetismo da população favelada é 55% maior do que a da população urbana não-favelada.
* A taxa de analfabetismo da população favelada é 31% menor do que a da população rural.
* O rendimento mediano da população favelada é 27,5% menor, em média, do que o da população urbana não favelada.
* O rendimento mediano da população favelada é 3 vezes maior, em média, do que o da população rural.
* Nas favelas brasileiras, 79% dos moradores vivem com uma renda mensal per capita de até 1 salário mínimo.
* A proporção de favelados vivendo com até 1 salário mínimo é 55% mais alta do que na população urbana não-favelada.
* A população brasileira favelada é, proporcionalmente, mais jovem do que a não-favelada.
Distribuição regional
* Há mais favelados no Sudeste do que no Norte e no Nordeste somados.
* A favelização é mais grave no Norte (12% da população), no Sudeste (7%) e no Nordeste (6%) do que no Sul (2%) e Centro-Oeste (1,5%).
* Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo reúnem metade dos brasileiros vivendo em favelas.
* 1 em cada 4 favelados brasileiros mora no estado de São Paulo.
* O Pará é o estado com maior taxa de população favelada: 17,4%, ou 1,267 milhão de pessoas.
FAVELA NO PARÁ
* Goiás tem a menor proporção de favelados pelos critérios do IBGE: só 0,1% da população, ou 8.823 pessoas -metade, por causa de Brasília.
A favelização das metrópoles
* Destino de sucessivas ondas migratórias, as regiões metropolitanas concentram a maioria da população favelada brasileira.
* Apenas três regiões metropolitanas concentram quase metade (44%) dos domicílios favelados do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro e Belém.
* Na maior parte das vezes, o município que é o núcleo da região metropolitana concentra a maioria da população favelada.
* Na Região Metropolitana de Salvador, 95% dos domicílios favelados estão na própria capital. Na Grande Natal (RN), 100%.
* As únicas regiões metropolitanas onde a maioria da população favelada mora nas cidades do entorno são Baixada Santista, Vitória e Recife.
* A metrópole com maior proporção de moradores vivendo em favelas é a Grande Belém: 54% da população.
* A metrópole com mais gente morando em favelas é a Grande São Paulo: 2,162 milhões de pessoas, ou 11% da população.
INCENDIO EM FAVELA-DIADEMA-SP
* Quanto maior e mais densa, pior tende a ser a qualidade de vida na favela, principalmente pela dificuldade de circulação do ar.
* 88% dos domicílios localizados em favelas estão em regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes.
O ranking das cidades
* Se as favelas estivessem reunidas em um só lugar, formariam a maior cidade brasileira -maior até do que São Paulo.
* O Rio de Janeiro é a cidade com maior população favelada do Brasil: 1,393 milhão de pessoas, vivendo em 763 aglomerados subnormais.
* A taxa de favelização carioca, de 22%, é o dobro da de São Paulo, que tem 1,280 milhão de favelados, ou 11% de sua população.
* A cidade com maior proporção de favelados no Brasil é Marituba, na Grande Belém (PA): 77 em cada 100 moradores.
* A maior proporção de população favelada entre as cidades paulistas está em Cubatão, na Baixada Santista: 42%, ou 49 mil pessoas.
MANGUE EM CUBATÃO/SÃO PAULO
* A população favelada da cidade do Rio de Janeiro forma, sozinha, a 11ª cidade brasileira, à frente de Belém.
* Em Belém (PA), 9 em cada 10 favelas têm mais de mil domicílios.
* Nenhuma outra cidade paulista é mais populosa do que a soma dos moradores das 1.020 favelas paulistanas.
* Em regra, as favelas paulistanas diferem muito das do Rio de Janeiro por serem menores, dispersas e periféricas.
* A maior predominância de favelas é em cidades costeiras ou ribeirinhas.
* Os barracos mais apinhados estão no Norte. Em três cidades, a média supera 6 pessoas por domicílio: Amapá, Guajará e Santo Antonio do Içá.
O ranking das favelas
* A Rocinha, no Rio de Janeiro, é a maior favela do Brasil, com 69.161 moradores. Seria a 35ª mais populosa cidade fluminense. Tem UPP.
FAVELA DA ROCINHA/RIO DE JANEIRO
* A 2ª maior favela do Brasil fica em Brasília. Com 56.483 moradores, é a Sol Nascente, junto à cidade-satélite de Ceilândia.
* Como em Brasília tudo vira sigla, a favela é oficialmente chamada de ARIS (área de regularização de interesse social) Sol Nascente.
* A 3ª maior favela do Brasil fica também no Rio: é a Rio das Pedras, entre a Barra da Tijuca e Jacarepaguá. Tem 54.793 moradores e milícia.
* Com 42.826 moradores, Paraisópolis é a maior favela paulistana, pelos critérios do IBGE. Estaria em 146º entre 645 cidades paulistas.
* Se fosse somada às favelas adjacentes (Panorama 1 e 2), Paraisópolis ultrapassaria 55 mil moradores e seria a 114ª cidade paulista.
Desmistificando a favela
* Viver em favela significa ter energia elétrica (99,7% dos domicílios), água encanada (88%), esgoto adequado (67%) e coleta de lixo (95%).
* Apenas 1% dos domicílios em favelas no Brasil não tem banheiro ou sanitário.
* Apesar dos problemas urbanísticos, pobreza e violência, moradores de favelas têm mais saneamento e eletricidade do que muitas áreas rurais.
* Em 599 favelas (9,5%), todas as habitações têm todos os serviços essenciais: água encanada, esgoto ou fossa séptica, lixo recolhido e luz.
* Em Campo Belo (MG), Nova Friburgo (RJ), Martinópolis (SP), Tabatinga (SP) e Jataizinho (PR) todos os favelados têm 100% de serviços
Leia reportagem do Estado sobre as favelas brasileiras.
Interaja com o infográfico.
Todas as informações acima foram extraídas do relatório do IBGE sobre o Censo 2010 chamado “Aglomerados subnormais – primeiro resultados”, divulgado nesta quarta-feira.
Proximidade com a criminalidade, que muitos acreditam estar concentrada apenas nas grandes favelas, como Heliópolis e Paraisópolis, assusta vizinhos
Escondidas em ruas estreitas, pelo menos 22 favelas resistem em áreas nobres de São Paulo. A falta de projetos municipais de reurbanização para núcleos de bairro faz algumas ocupações já completarem mais de 60 anos. O número de imóveis passa de 1,6 mil, com a estimativa de que eles abriguem pelo menos 6 mil moradores que estão no fim da fila por uma habitação popular.
Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, com informações da Secretaria Municipal da Habitação, mostra que há ocupações em Vila Mariana, Campo Belo, Itaim-Bibi, Aclimação, Brooklin e Vila Madalena, nas zonas sul e oeste. A maioria está distante de grandes avenidas e, por isso, chega a passar despercebida. No entanto, com exceção de Jan Breughel e Brooklin 2, todas as demais estão listadas no Plano Municipal de Habitação, com remoção prevista até 2024.
Na Favela Mauro, no Planalto Paulista, zona sul, a venda de drogas ocorre durante todo o dia e a lista de "clientes" inclui vizinhos da comunidade. Foi lá que, há nove anos, o estudante Gustavo Pereira, de 22 anos, comprou a cocaína que consumiu antes de matar a avó e a empregada da casa a facadas, no mesmo bairro.
A proximidade com a criminalidade, que muitos acreditam estar concentrada apenas nas grandes favelas, como Heliópolis e Paraisópolis, assusta vizinhos. Eles acionam a polícia para apartar brigas e reduzir os sons das festas, mas, por medo de represálias, não registram boletins de ocorrência.
Nas comunidades mais organizadas, que têm associações de moradores, os "inconvenientes" são evitados. "Aqui, nós temos até horários para festas. Elas só podem ocorrer entre 8 horas e 22 horas. E, de preferência, sem tocar funk, que ninguém gosta", diz Cícera Vieira, de 37 anos, presidente da Associação de Moradores da Favela Mário Cardim, na Vila Mariana. Cícera diz que não tem, porém, como evitar o consumo de drogas na comunidade, embora garanta que não existe tráfico no local. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
TRINTA MAIORES FAVELAS DO MUNDO SE LOCALIZAM NA AMÉRICA LATINA
FONTE:
Terra.com
O Estadão.com.br
Imagens tiradas do Google e fernandonogueiracosta.
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