quarta-feira, 5 de junho de 2013

TÉCNICAS QUE AJUDAM NO VESTIBULAR E AVALIAÇÕES

Técnicas para turbinar a memória

Por Mundo Vestibular
Bons professores de cursinho sempre têm um macete para ajudar a lembrar da matéria na hora da prova. Rimas, musiquinhas, siglas, frases engraçadas, associações absurdas, vale tudo para fazer grudar da memória quais são os períodos da era paleozóica, os elementos alcalinos da tabela periódica, as fases da mitose ou a diferença entre isóbaros, isótopos e isótonos. Em comum, esses macetes têm o fato de serem fruto de métodos mnemônicos, métodos para turbinar a memória.

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É claro que a simples "decoreba" desses macetes não garante um bom desempenho, mas ter boa memória ajuda a disparar o gatilho da matéria que você aprendeu, evitando o tão famoso e temido "branco" na hora da prova. Você também pode criar seus próprios macetes para o Vestibular e o Enem, seja usando uma das técnicas a seguir, ou uma combinação delas.

Associação, Imaginação e Localização

A associação, a imaginação e a localização são os princípios fundamentais das técnicas de memorização e, consequentemente, daqueles macetes que ajudam a lembrar da matéria na hora da prova.
A associação significa que a coisa que precisa ser lembrada deve ser ligada a alguma outra coisa. Esses "pares imaginários" podem ser formados de várias maneiras. Você pode associar mentalmente duas ou mais coisas imaginando que elas formam uma pilha, que entram uma na outra, que se mistura, que giram no ar como se estivessem dançando, que têm a mesma cor, formato etc.. O objetivo é que, no fim das contas, essa imagem seja interessante o suficiente para ser lembrada no futuro. A imaginação, consequentemente, é a forma como você usa a sua mente para criar aquelas ligações que fazem mais sentido para você. E a localização é o que vai dar o contexto a essas imagens que você formou na sua mente. Pode parecer complexo na teoria, mas é bem provável que você já tenha usado na prática alguma técnica de memorização sem perceber.

Segmentação e Organização

Qual é o seu CPF? Pense em como você decorou e como fala os onze dígitos do seu CPF: um número inteiro, gigante, na casa das dezenas de bilhão, ou blocos menores de três ou dois algarismos?
É bem provável que você, como a maioria das pessoas, prefira a segunda opção, quebrando uma quantidade grande de informações (como o número de seu RG ou telefone celular) em segmentos menores para facilitar a memória. Estudos mostram que a nossa memória de curto prazo é limitada, com uma capacidade para mais ou menos 7 itens. É por isso que, naturalmente, agrupamos os números que precisamos memorizar. Ao juntarmos os dígitos do CPF e RG nos pontos e traços, ficamos com menos "itens" para lembrar.
A segmentação e a organização partem do princípio de que memorizamos mais facilmente grupos menores de informação. Você já está usando essa técnica, sem perceber, ao colocar mentalmente uma alface na categoria dos vegetais, um tubarão-martelo na categoria dos animais e um diamante na categoria dos minerais. Você pode usar categorias e classificações já existentes, ou criar a sua própria organização lógica, como se fossem pastas e arquivos de computador.


O Método de Loci

É um dos métodos de memória mais antigos de que se tem registro e o nome vem do latim: loci é o plural da palavra locus, que significa lugar. O Método de Loci consiste em "colocar" mentalmente imagens de objetos em um local que você conheça bem (seu quarto, ou sua casa, por exemplo), ou que você criou especificamente para isso. Campeões de concursos de memória, como o brasileiro Alberto Dell'Isola, costumam usar essa técnica para lembrar de listas de nomes, palavras aleatórias e sequências de cartas do baralho.
Para aplicar esse método, além de ter familiaridade com o "local" que você vai povoar com a lista de itens,  recomenda-se fazer associações criativas, até mesmo absurdas, para ajudar a lembrar de tudo na hora da prova. Uma variação do Método de Loci é o Método das Jornadas, que grava as imagens em um caminho conhecido (de casa até a padaria, por exemplo).



Frases, Siglas e Acrônimos

Um acrônimo é uma palavra formada com as primeiras letras ou sílabas de uma frase ou conjunto de palavras. O uso de acrônimos, frases e siglas é bastante usado para simplificar, resumir e sintetizar uma lista de itens que devem ser lembrados. Com essa técnica você pode, por exemplo, usar as sílabas de "PROMETA-TE" para lembrar das fases da mitose (PRÓfase, METátase, Anáfase, TEófase), a palavra BARRENPASIN para lembrar dos períodos literários (Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo, Naturalismo PArnasianismo, SImbolismo, Modernismo), ou a frase  Raio Forte Caiu Ontem Fazendo Grande Estrago para recordar a taxonomia dos seres vivos (Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie). 
O ritmo, a repetição e a melodia são excelentes ativadores da memória e a utilização de rimas e/ou música também é uma das técnicas mais antigas de memorização. Criar rimas e musiquinhas ajuda a lembrar não apenas de uma sequência de palavras, listas e classificações, mas também de fórmulas, eventos históricos e até regras de português. Um exemplo? "Vou a e volto da, crase há/
Vou a e volto de, crase para quê?".


Dicas para inventar seus próprios macetes de estudo

Agora procure lembrar de alguns macetes ensinados por algum professor. Quais são os "inesquecíveis"? Há grandes chances de você ter lembrado daqueles mais absurdos, engraçados, criativos. Isso porque a imaginação fértil é uma grande aliada na hora de criar gatilhos para disparar a memória. Veja algumas dicas para criar você mesmo seus próprios macetes de estudo para o Vestibular e o Enem:
- Use imagens positivas e agradáveis. O cérebro costuma bloquear imagens desconfortáveis.
- Exagere no tamanho, nas cores ou nas partes importantes da imagem que deseja lembrar/associar. 
- Use o humor! Coisas engraçadas ou fora do comum são mais fáceis de lembrar. 
- Use símbolos conhecidos, como semáforos, placas de proibido, setas etc. , faça uma paródia daquela música que não para de tocar, modifique uma rima de infância
- Procure usar outros sentidos, como cheiros, texturas, movimentos e sentimentos

Seja qual for a técnica que você usar, lembre-se de que ela precisa fazer sentido para você !
Fonte : Mundo Vestibular

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