sábado, 12 de janeiro de 2019

RETOMADA À CAÇA DE BALEIAS NO JAPÃO É RETROCESSO, DIZ BRASIL.

Retomada à caça de baleias no Japão é retrocesso, diz Brasil


O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, chamou ontem (26) de “grande retrocesso no cenário global” a decisão anunciada pelo governo do Japão de retomar a caça de baleias e deixar Comissão Internacional da Baleia (CIB).

caça de baleia
Caça de baleia. Foto: Agência Brasil – EBC / Reuters/Toru Hanai/Direitos Reservados

Em nota, o Ministério do Meio Ambiente informa que tal iniciativa “ ignora a posição majoritária dos países”. Ressalta ainda que o Brasil é um defensor de todas as formas de vida.
“O Brasil historicamente postula pela defesa de todas as formas de vida nos mares do planeta, principalmente dos cetáceos [animais marinhos que pertencem à classe dos mamíferos], que têm muitas espécies ameaçadas de extinção”, diz o comunicado. “Temos muito a avançar e somente por meio da atuação integrada dos países-membros da CIB poderemos ter êxito na proteção dessas espécies e em outras agendas relacionadas, como o combate ao lixo no mar e ao aquecimento global.”
O texto destaca também que há no Brasil um esforço para garantir a preservação de várias espécies. “Em nossa zona exclusiva, protegemos as baleias jubarte e franca, os golfinhos, as tartarugas e manejamos a pesca de espécies comerciais para garantir a sobrevivência das espécies mais exploradas. Além disso, ampliamos as unidades de conservação costeiras marinhas de 1,5% para 26%, para preservar os hábitats da fauna marinha.”
O comunicado lembra que, na Declaração de Florianópolis, foi reafirmada a importância da manutenção da moratória à caça comercial de baleias e da obrigação da CIB de garantir financiamento adequado para atividades de conservação e uso não letal e não extrativo de cetáceos, como o turismo de avistamento.
O governo da Austrália também lamentou a decisão das autoridades japonesas e apelou para que revisem a medida e abandonem a iniciativa de retomar a caça comercial de baleias a partir de julho de 2019.
Da Agência Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 26/12/2018

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